O ódio é uma das piores formas de energia que a humanidade é capaz de produzir. Quando cultivado e espalhado, ele pode ter consequências devastadoras para a vida em sociedade. Infelizmente, o ódio ainda é um dos grandes males da nossa era, capaz de gerar preconceitos, discriminações e tornar a convivência mais difícil para muitas pessoas.

Para refletir sobre a gravidade do tema, vamos analisar dois filmes que exemplificam bem o impacto do ódio na sociedade: O Ódio Que Você Semeia e O Favorito. Ambos filmes retratam diferentes situações onde o preconceito e a discriminação são os motores da ação.

Em O Ódio Que Você Semeia, temos a história de Starr (Amandla Stenberg), uma adolescente negra que vive em um bairro pobre da cidade, mas estuda em uma escola de elite frequentada por brancos. Quando um de seus amigos é morto pela polícia, ela se vê diante do desafio de denunciar a violência policial e de lidar com a discriminação que sofre daqueles que acreditam que os negros são naturalmente violentos e criminosos.

O filme é um retrato duro da realidade que muitos jovens negros enfrentam nos Estados Unidos e em outras partes do mundo, onde a cor da pele é muitas vezes vista como uma ameaça. A obra nos convida a refletir sobre como o preconceito racial pode ser disfarçado em pequenas atitudes diárias, mas tem efeitos reais e profundos nas vidas dos afetados.

Em O Favorito, por outro lado, temos a história de Gary Hart (Hugh Jackman), um político que foi um forte candidato à presidência dos Estados Unidos em 1988, mas teve sua campanha abruptamente interrompida quando sua vida pessoal foi exposta pela imprensa sensacionalista.

O filme nos mostra como a política é muitas vezes marcada por preconceitos e julgamentos morais, que se sobrepõem às questões políticas reais. Gary Hart, por exemplo, teve sua campanha comprometida porque teve um caso extraconjugal, mas muitos outros políticos com comportamentos similares não foram afetados da mesma forma.

A obra é um alerta para a necessidade de ter um olhar crítico sobre as informações que recebemos e os julgamentos que fazemos. É também uma reflexão sobre a importância da diversidade na política, na mídia e em todas as outras áreas da vida.

Em ambos os casos, temos exemplos de como o ódio pode gerar consequências graves, não só para as pessoas diretamente afetadas, mas para a sociedade como um todo. Se não há espaço para a diversidade, se as pessoas são julgadas por estereótipos ou se negam a entender as perspectivas alheias, a convivência torna-se impossível.

Precisamos, portanto, nos questionar sobre nossas próprias atitudes em relação ao outro. Qual é a nossa disposição para ouvir o que o outro tem a dizer? Como podemos fazer para combater os preconceitos que surgem em nós, mesmo que não tenhamos tido intenção de manifestá-los? Essas são questões que precisamos nos fazer diariamente.

Em suma, os filmes O Ódio Que Você Semeia e O Favorito são exemplos poderosos de como o ódio e a discriminação afetam nossas vidas em sociedade. Essas obras nos convidam a refletir sobre o que podemos fazer para combater essas tendências e criar um mundo mais justo e diverso.